terça-feira, 8 de novembro de 2016

Mil reflexões tentando achar uma brecha, um ponto falho, mas a única conclusão válida é: eu adoro aquele garoto. Estar com ele é poder conversar livremente, nossas ideias vão se recortando e costurando de forma natural; poderia estender nosso papo ao infinito, é produtivo, confortante e intrigante ao mesmo tempo - é uma parada intelectual.

Sexo na segunda-feira, terça, na quinta a noite depois de um dia exaustivo de trabalho, é sempre lindo - e realmente até quando é ruim, é bom. É bom o cheiro, o gosto, o toque carinhoso ou enfurecido (e mais precisamente a combinação dos dois), é bom o pré, o pós, o paraíso - ou inferno - do durante.
Coleciono cada detalhe - as diferentes nuances do sorriso perfeito, do olhar fixado no meu; a intensidade dos beijos, da pegada e do tom de voz; as variações de luz na nossa pela nua - cores incríveis pra minha paleta, poses fantásticas pra minha memória e feéricas recordações sensoriais que alimentam minha inspiração diária. É um lance físico.

É um querer bem e um estar bem ao lado, dá um frio na barriga - umas vezes é desejo, noutras é medo mesmo. Eu já tentei escapar, tentei fugir descaradamente, mas não deu certo, cada passo pra longe só impulsiona o retorno mais intensamente. É apego, que traz junto com a paixão um toque de nocividade - mas talvez toda paixão seja intrinsecamente nociva. É um negócio afetivo.

É tudo, é a junção do intelectual-físico-afetivo que dá nessa coisa magnífica e assustadora, já quis separar, escolher apenas uma delas, mas parece mesmo que uma sustenta a outra e eliminar uma, anulará todas.
Veremos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário