quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quase meia-noite. Quase sexta.

Sabe aquele momento em que você sente a necessidade de pensar, de parar tudo e refletir sobre o que está acontecendo, sobre o que foi e o que poderá vir?
 Passei a semana com esse peso, esse grito. Parei diante do computador com o intuito de dar vazão a esse congestionamento de pensamentos; entro no msn, abro facebook, youtube e toda essa infinidade de contas on-line que consome rapidamente todo o nosso tempo. Entre janelas piscando, vídeo carregando e recados mal respondidos, lembro que ia escrever no blog - substituto cada dia mais fiel de minhas páginas coloridas reais - e percebo que continuo fugindo pelas abas, pelos"ois", pelos avisos de nova mensagem recebida.
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 Ontem me vi chorando diante do novo espelho do velho banheiro; a velha menina chorando as novas dores - ou seria o inverso? (Antigamente eu fazia muito essa coisa de conversar com o reflexo, me trancava no banheiro e cantava, encenava coisas que sonhava ou repetia as já vividas, e chorava... como chorava. Dizia "minha querida, aprenda" "garota idiota, bem feito", eram as vozes de todos eles que me consolavam/criticavam enquanto a água caía)
 Lembro dos amigos que se foram; dos que quase morri para tentar agradar e nem ligaram  pra mim, lembro do amigo que morreu tentando me agradar sem que eu ligasse...;da família adotiva que me olhava atrás do vidro do carro e me fez chorar num domingo ensolarado, e da família verdadeira que espera uma visita faz dois meses.

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 (Doce is offline)