Com ele foi o prazer, a música perfeitamente selecionada e o filme de pretexto. O jogo de luz e sombra, que já me fascina naturalmente, pareceu chegar ao cume da perfeição e me levar ao delírio. Era pecado.
Com ela, na noite seguinte, foi o remorso. Remorso de não ter remorso. A TV ligada e o filme aleatório; a luz na face inocente me fazia amá-la mais ainda, eu sentia sua respiração como se fosse parte de mim e velava seu sono com tanta ternura que não consegui dormir. Pecado pior.
Tempo depois, ela. Sem luz alguma e sua respiração realmente sendo parte de mim. A cura.
Eternamente ele. Sem sombra nem dúvida.
Nele a perfeição da distância, nela a histeria da presença.
'Mas tudo é pecado.
lindo texto*
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