quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Com ele, com ela.

 Com ele foi o prazer, a música perfeitamente selecionada e o filme de pretexto. O jogo de luz e sombra, que já me fascina naturalmente, pareceu chegar ao cume da perfeição e me levar ao delírio. Era pecado.
 Com ela, na noite seguinte, foi o remorso. Remorso de não ter remorso. A TV ligada e o filme aleatório; a luz na face inocente  me fazia amá-la mais ainda, eu sentia sua respiração como se fosse parte de mim e velava seu sono com tanta ternura que não consegui dormir. Pecado pior.
 Tempo depois, ela. Sem luz alguma e sua respiração realmente sendo parte de mim. A cura.
 Eternamente ele. Sem sombra nem dúvida.
 Nele a perfeição da distância, nela a histeria da presença.

'Mas tudo é pecado.

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